Histórias Fabulosas

O espetáculo se originou do nosso desejo e da nossa necessidade, atores do Grupo Zabriskie Teatro, Alexandre Augusto e Ana Cristina Evangelista, de dialogar com o público de todas as idades, mas com foco na criança, sobre o tema Diversidade de Gênero e Sexualidade, dando continuidade à pesquisa que já teve resultado no espetáculo Nem Um Nem Outro, que estreou em 2015, com recepção calorosa do pública. Esse tema tão atual e de enorme relevância levou os atores do Grupo Zabriskie a mergulharem na psicanálise, na literatura infantil contemporânea, no cinema e nos atuais acontecimentos sociais que demonstram urgência na reflexão sobre preconceito, ética, respeito e fraternidade nas relações humanas.
O mundo contemporâneo já deixou muito clara a mudança das relações sociais nos seus diversos níveis. Os papéis de gênero já não correspondem mais aos padrões aprendidos nos séculos passados desde a ascensão da mulher ao mercado de trabalho e demais espaços antes ocupados somente pelo gênero masculino.

Nesse sentido, o espetáculo sugere a desmistificação de ideias que povoam o imaginário feminino desde a infância e propõe um desprincesamento. Bem como quebra o padrão do que “pode” e do que “não pode” para meninas e meninos. Apresenta a perspectiva de que o gênero masculino pode sim emoções e ações antes consideradas características somente femininas e vice versa.

E para além da questão de gênero e de sexualidade o espetáculo convida à reflexão sobre direitos humanos. De forma delicada e lúdica, o Grupo Zabriskie se mostra politicamente a favor da união homoafetiva, uma conquista social e legal importante, que vem tendo da Justiça Brasileira um posicionamento majoritariamente favorável. Precisamos falar sobre isso.

Como artistas, queremos exercer a nossa função social contribuindo, com o nosso trabalho, para a reflexão sobre o nosso tempo. Queremos participar desse debate para que possamos contribuir para a renovação do sentido das relações humanas com base em valores como tolerância, respeito, fraternidade, amor e justiça. O Grupo Zabriskie deseja que o espetáculo seja um sopro de esperança para um futuro igualitário e sem preconceitos.

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